Reafro e Projeto Ipê Digital fazem parceria para capacitar afroempreendedoras no Brasil

O Projeto Ipê Digital promoverá inclusão sociodigital e promoção do empreendedorismo de mulheres negras.

A Rede Brasil Afroempreendedor (REAFRO) e o Projeto Ipê Digital lançaram, no mês de janeiro, um programa para capacitar afroempreendedoras. O projeto, que foi idealizado em 2020 pela pós – doutora em Direitos Humanos, Priscila Maria de Sousa Dourado, tem a missão de fortalecer o empreendedorismo por meio da educação e dos temas como inclusão digital, gestão, representatividade e poder, memória, autoestima, identidade negra, enfrentamento ao racismo, discriminação e preconceito.

A população negra no Brasil movimenta todo ano em torno de 1,7 trilhão de reais. Segundo pesquisa realizada no ano passado pela aceleradora PretaHub, 52% dos empreendedores negros do país são mulheres com menos de 40 anos de idade. Levantamento do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2019, realizado com apoio do Sebrae, aponta ainda que apenas 28% dos brancos abrem negócio por necessidade, frente a 45% de negros, que muitas vezes acabam vendo sua empresa não decolar por falta de experiência e capacitação em gestão.

Segundo Aparecida Silva, presidente da Reafro nacional, para 2021 estão sendo planejadas várias atividades para apoiar os afroempreendedores em todo país.  “O papel da Reafro é dar suporte, oferecer informação e lutar por políticas públicas que ofereçam melhores condições para os empreendedores negros e sobretudo as mulheres negras que são em grande maioria chefes de família”, explica a presidente.

O Projeto Ipê contempla neste primeiro ciclo micro e pequenas empreendedoras negras com apoio da REAFRO. Segundo Dra. Priscila Maria de Sousa Dourado, a parceria surgiu porque as duas organizações têm objetivo em comum de promover e fortalecer o afroempreendedorismo no Brasil. “Todos os instrutores são voluntários. São pessoas nobres que decidiram contribuir, neste momento de pandemia, desemprego e crise na economia nacional”, conta Priscila Maria.

O curso tem duração de três meses e carga horária mínima de 35 horas. A primeira turma piloto do projeto tem 12 alunas de várias regiões do país e deve terminar em abril. A guia, turismóloga e estudante de história da arte, Déborah Fabrício, de 43 anos, é uma das alunas. “Estou adorando! Tenho a mesma sensação de quando comecei a aprender a ler:  parece que abre uma porta. A presença digital para o meu negócio é fundamental, agora, estou ansiosa para o módulo de gestão. Trabalho sozinha na minha agência de turismo e preciso saber um pouco de cada área”, explica a empreendedora.

A mestre em indústrias Criativas pela Universidade Católica de Pernambuco, jornalista e fotógrafa, com quase 40 anos de experiência em televisão, Kety Marinho, é a instrutora do módulo “Instagram e conteúdo para redes sociais”. Ela ficou encantada com a turma. “São mulheres que estudam, trabalham, cuidam dos filhos e querem crescer, isso me apaixona. É sempre bom participar de eventos em que as pessoas que querem crescer e trocar experiências. As redes sociais estão abertas para quem quiser se desenvolver e compartilhar. O meu foco foi de orientá-las e ajudá-las para que alcancem os seus objetivos”, finaliza.

Na semana de 09 à 13 de fevereiro,  inicia a oficina Escritoterapia, parceria com o Espaço Reconexão Brasília, sob a liderança Eliane Sousa e instrutores Dr. Welandro Ramalho e Geovanna Melo. Em março começa a oficina de gestão com Graciere Barroso, Coordenadora Faculdade Senac (Brasília). A parceria publicitária é com Felipe Cruz, da ONZE61, agência de Marketing Digital.

Em breve serão abertas novas turmas. Acompanhe as redes sociais da Reafro e da Enafro a programação de cursos disponível.  

Para mais informações acesse: www.reafro.org.

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